terça-feira, 23 de outubro de 2007

E como fica a imagem?

Segundo diversos estudos e autores de livros sobre as relações públicas sabe-se que uma das várias funções atribuídas ao profissional dessa área é o “tratamento”, o “zelo” pela imagem de uma instituição ou de uma pessoa. Para esse fim, diversos instrumentos e métodos foram sendo desenvolvidos e descobertos ao longo dos anos de acordo com as necessidades vigentes.
Hoje, diante das discussões que temos proposto que envolvem as novas mídias colocamos em pauta o que os novos meios como a internet e até o orkut e o youtube podem auxiliar ou prejudicar na manutenção dessa imagem e quais são as adaptações que os profissionais de relações públicas têm que se atentar nessa nova era.
Quando acessamos a um dos sites de busca mais conhecidos, o google, dependendo do assunto que estamos procurando, aparece na página à direita propagandas de organizações que tem relação com tal assunto. Assim, se digitarmos um nome de uma cidade litorânea, aparecem links referentes a hotéis dessa cidade. Também quando acessamos sites como o Uol, Terra, Globo além de notícias imediatas, propagandas de produtos e serviços estão presentes como links, pop-ups, ou simplesmente imagens e textos, o que passou a ser mais um meio difusor da imagem.
No orkut comunidades relacionadas a marcas de produtos e empresas e às pessoas são facilmente encontradas. “Eu amo Coca-Cola/ I love Coke”, “Eu amo o Thiago Lacerda”, “Eu adoro Havaianas” são exemplos destas. Aparentemente, apenas um meio de diversão, relacionamento e entretenimento, este tem servido, pode ser que até “ingenuamente”, como um grande difusor de marcas e pessoas, já que nestas até discussões sobre gostos e preferências em relação a estes fatores são geradas. Hoje em dia, como forma de medição de sua popularidade e eficácia até as próprias empresas tem criados tais tipos de comunidades. No entanto, o efeito contrário pode ser desesperador. “Eu odeio o Bush”, “Eu odeio a Nike”, “Eu odeio o Mc Donalds” , também são comunidades recorrentes o que pode mal influenciar um futuro consumidor ou admirador.
No youtube não é diferente. Cineastas amadores criam e expõem filmes dos mais diversificados assuntos. Aí entra novamente os dois lados da moeda. Filmes com boas críticas e demonstrações de afeto relacionados a marcas e pessoas são divulgados assim como escândalos e propagandas de má fé também podem ser vistos por milhões de internautas em poucos segundos. A felicidade e a crise de empresas e pessoas que tem interesse em zelar por seus nomes estão a todo momento na “corda bamba”.
Diante de tais pontos, quais são as novas estratégias que as relações públicas devem investir? Atualmente, cria-se uma nova linguagem propagandística para ser usada nos sites, mas isso é suficiente? Há um meio de conter as comunidades negativas a imagem? Ou isso deve ser usado como um novo instrumento, uma nova fonte? E os vídeos do youtube? Como se manifestar diante dos vídeos acessados a cada segundo que podem danificar ou elevar a imagem? Enfim, no que as relações públicas devem investir de agora em diante, ou já deveriam estar investindo?

Graziela Scabora

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